Há dias em que batem à porta para oferecer um serviço sério de limpeza.
Há dias em que batem à porta para oferecer um aparar de árvore.
Há dias em que batem à porta para oferecer um postal ou alguns folhados de peixe.
Há dias em que batem à porta para pedir um copo de água.
Por aqui não se "bate à porta". Por aqui chega-se ao portão e grita-se para dentro "Kom Kom".
Por aqui não se chama "Ó da casa!". Por aqui fala-se alto à soleira de uma entrada com porta ou sem porta, sem sítio para bater a mão em algo que se faça ouvir. Aqui não se bate, não se chama, é-se a própria batida. É-se a porta e a mão, é-se a percussão que anuncia que se chega, que se quer saber quem está dentro... Que se quer entrar.
Kom, koommm, kom, kooomm! Digo eu sempre que chego a casa.
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